A epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista, é uma condição comum que acomete de 1 a 3% da população. Quaisquer atividades físicas que impliquem em movimentos repetitivos do punho e dedos para cima podem ser fatores de risco para o surgimento da epicondilite lateral, caracterizada como uma inflamação dos tendões do cotovelo.
Não são apenas atividades ligadas aos esportes que podem contribuir para o surgimento da epicondilite lateral, algumas profissões, como pintores, cozinheiros e aquelas que necessitam do uso de computador (teclado e mouse) por longas horas, são também fatores de risco.
Os músculos que fazem a extensão do punho e dos dedos tem origem na parte lateral do cotovelo, em uma proeminência óssea chamada epicôndilo lateral. A epicondilite ocorre quando há uma sobrecarga excessiva nestes músculos. Na fase inicial, um processo inflamatório pode ser desencadeado com o objetivo de cicatrizar pequenas lesões causadas pela tensão. Caso o indivíduo não busque tratamento, o quadro evolui para degeneração do tendão (tendinose), com dor crônica e redução de força muscular.
Para indivíduos que realizam atividades no computador, seja em casa ou no trabalho, a melhora da postura e o cuidado com a ergonomia são muito importantes. O apoio completo do antebraço na mesa e o uso de apoios para teclado e mouse são recomendados. Pausas periódicas durante essas atividades, associadas a alongamentos, também são métodos válidos tanto para a prevenção quanto para o tratamento. Para os tenistas, a correção do gesto esportivo é extremamente eficaz.
O controle da dor é o objetivo inicial do tratamento através do repouso relativo, que pode ser definido não como a abstenção da atividade, mas sim como controle do excesso, sendo assim a imobilização através de órteses tem pouco valor. Além disso, a fisioterapia e o uso de medicações antiinflamatórias são importantes adjuvantes para analgesia. Dentre os procedimentos utilizados na fisioterapia estão a eletroterapia, mobilizações articulares, alongamentos e o reforço muscular que é de extrema importância para a melhora do quadro.
Os pacientes que se submeteram à reabilitação correta por um período de nove meses no mínimo, sem que a dor fosse controlada, são candidatos à cirurgia, principalmente se o tratamento realizado incluiu três ou mais infiltrações sem sucesso e quando o processo é um fator de limitação das atividades da vida diária.